COMO ABRIR UM GINÁSIO DESDE O ZERO?

No mundo empresarial existe uma frase que diz: “Desde que haja 1€, é possível teres a tua empresa”. Na verdade, muitos empresários de sucesso afirmam que mais importante do que ter dinheiro, é saber o que fazer com ele. Essa é uma grande diferença entre pessoas com sucesso, e pessoas sem sucesso.

Quando pensamos em abrir um ginásio, o cenário é o mesmo. Mais importante do que ter dinheiro para investir, é saber como investir.  Existem muitas questões, como por exemplo, Que piso escolher? Onde abrir? Que tipo de ginásio? etc. E estas questões podem ser respondidas de várias formas. 

  1. Análise de mercado – Pode-se fazer de várias formas, mas é importante que se faça. Pode ser:
  1. uma análise PEST – onde analisamos fatores político – legais (quais as legalidades que um ginásio precisa cumprir, que tipo de apoios governamentais existem, que políticas de incentivo à prática de atividade física há, etc), fatores económicos (valor disponível para investimento, valor do mercado e indústria, valor médio de mensalidade, etc), fatores sociais (demografia, número de habitantes, tipo de estrato sócio-económico, região, etc) e fatores tecnológicos (tipo de serviço a implementar, recursos tecnológicos usados, consultorias, etc). 
  2. ou uma análise do contexto transacional, onde analisamos os fornecedores, os clientes, os concorrentes, e a comunidade.

O importante é que esta análise aconteça, e que a tomada de decisão seja o mais assertiva possível.

 

  1. Segmentos de mercado – Existem vários segmentos de mercado, com características muito diferentes. Atuam de forma diferente, têm um público alvo diferente, mensalidade média diferente, etc. Abrir um ginásio sem definir se vai ser “carne ou peixe”, pode levar ao insucesso. 
  1. High end: São os ginásios chamados Premium. Têm normalmente tudo incluído, serviço mais personalizado, mensalidades médias superiores a 60€, muito apoiado nos recursos humanos (principalmente os especializados).
  2. Mid end: os chamados ginásios mid-cost. Oferecem um bom serviço, com muitas opções incluídas, a um preço mais acessível. 
  3. Low end: ginásios low-cost, muito tecnológicos (para baixar o valor investido em recursos humanos), mais impessoais, mensalidades médias inferiores a 25€, por norma são grandes e espaçosos.
  4. Boutiques: espaços especializados (como estúdios de PT´s, estúdios de Pilates, Box Crossfit, etc), onde oferecem no máximo 2 ou 3 serviços, preços mais elevados, serviço mais personalizado.
  5. Medical Integrated – Associados a clínicas ou com staff da área dos serviços de saúde, onde no mesmo espaço se encontram serviços de ginásio, saúde e bem-estar. Normalmente mais caros, mas com programas integrados e multi-disciplinares.
  6. Outros modelos: ginásios familiares (onde se podem encontrar diversos serviços para crianças, pais e avós), ginásios híbridos (com integração de por exemplo paddle, pistas de corrida, ténis, escalada, etc, com serviços presenciais e online).

É de imensa importância, definir após analisar o mercado, onde se quer posicionar. Os investimentos nos diferentes tipos de segmentos são muito variados, tais como os recursos humanos e estrutura.

 

  1. Entrar em ação – Após perceber onde vai investir e como se vai posicionar, é importante entrar em ação. Escolher os melhores parceiros é fundamental. Entre esses parceiros estão os fornecedores, que têm um papel decisivo na implementação do seu projeto. Eles poderão ajudar a fazer a sua maquete, a escolher as máquinas, o tipo de chão, os equipamentos para balneários, entre muitas outras coisas. Estas empresas são especializadas e têm experiência, pois equipam com regularidade vários ginásios, portanto o seu apoio pode ser importante em diversas áreas: 
  2. Design – nem sempre os arquitectos conseguem ter a melhor visão sobre a implementação de um ginásio. Cada marca de máquinas de fitness tem características diferentes (tamanho, volume, necessidades elétricas, etc), pelo que após ter a planta do seu espaço, é necessário que o fornecedor de máquinas lhe dê o apoio para escolher as melhores máquinas, dentro daquilo que precisa para o seu negócio, rentabilizando ao máximo o espaço que tem.
  3. Aconselhamento de investimento – existem vários equipamentos de fitness, também eles divididos por preço. É necessário que entenda que não é o facto de ter equipamentos topo de gama que fará o seu negócio rentável e de sucesso. É necessário juntar a análise de mercado que fez, com o segmento escolhido, o valor que quer investir e o design do espaço. Uma boa escolha de equipamentos, deve ter em conta todas estas variáveis.
  4. Aconselhamento energético – Já são muitas as marcas que fazem este tipo                  de aconselhamento. A energia será um dos consumíveis que terá uma fatia gigante nas despesas do seu negócio. Saber bem que tipo de energia deve usar e qual será o seu impacto no seu negócio, é fundamental.
  5. Apoio e manutenção – normalmente nos primeiros meses de vida, nenhum ginásio tem problemas com equipamentos. Mas com uso constante dos mesmos, acontece que muitas vezes após alguns meses é necessário manutenção dos equipamentos. Escolher um fornecedor que tenha este serviço é fundamental, pois irá influenciar a retenção dos seus sócios, e a rentabilidade do seu negócio.

 

Se seguir este passo-a-passo a maioria das questões que terá será respondida. Seja metódico e corajoso, e junte-se a parceiros que o vão realmente ajudar.

Bons negócios.